06/10/2009

Fofoqueiro, eu?!

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Não adianta negar: fofocar é, sim, prazeroso e, vamos combinar, um esporte que todo mundo pratica.
Levantamento realizado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, indica a predileção pelo assunto: a futrica está presente em pelo menos 65% das conversas (considerando-se qualquer tipo de conversa).
Falar da vida alheia é uma das formas mais comuns de tentar entender o comportamento humano, inclusive o próprio.
Por isso, é natural que as histórias se espalhem.

Fofoca do bem

A fofoca do bem, inofensiva, pode até ser benéfica para a carreira.
Fofocando, por exemplo, você pode se informar sobre o temperamento do chefe – e aprender a lidar melhor com ele – ou sobre projetos e oportunidades que lhe interessam.
É na maledicência que mora o perigo.
Veja a diferença: comentar que fulano foi transferido de departamento é uma coisa.
Já alimentar o boato de que isso rolou porque ele não seria competente...
Melhor não!

Diretor de recursos humanos do laboratório farmacêutico Bristol-Myers Squibb, Aníbal Calbucci conta que um funcionário do alto escalão da empresa, encarregado de mudar algumas pessoas de função, desagradou pessoas que não queriam ser transferidas e logo se espalhou a história de que ele seria amante de uma funcionária.
“Não tinha um pingo de verdade nisso”, diz Calbucci. “Mas o boato cresceu tanto que tive de orientar os diretores de área a pedir a seus subordinados que parassem com a fofoca.”

Questão de confiança

O que fazer se um comentário corrosivo como esse chegar até você? O melhor é abafar o caso.
“Boatos nunca devem ser passados para a frente, ainda mais se você não souber se veio de fonte segura”, diz o especialista em clima organizacional Arlindo Júnior, da empresa Soma.
Se a pessoa que acabou de falar mal da outra ainda pedir sua opinião, saia pela tangente, dizendo que não conhece bem o “protagonista”.
Lembre-se de que o colega de hoje pode ser o chefe de amanhã.
Quem a todo momento coloca em pauta histórias alheias cria a imagem de não ser confiável – você contaria algo seu para alguém que vive comentando dos outros?
Para ter confiança, seja confiável.

Quando se vira alvo da fofoca

Pior que espalhar uma fofoca é ser alvo dela.
E pode acontecer com todo mundo (acredite: há gente invejosa que inventa coisas).
Se os comentários sobre você forem leves, ignore-os.
Se o estrago for de tamanho médio, a discrição ainda é o melhor remédio.
Melhor não responder publicamente às provocações porque, se fizer algum pronunciamento, pode piorar as coisas chamando a atenção de quem nem sabia da fofoca.
Uma boa saída é procurar seu chefe e contar sua versão dos fatos.
Agora, se o boato tomou proporções que colocam em risco seu emprego, então, talvez seja o caso de se posicionar publicamente.
Depois de passar no RH, claro, e informar oficialmente a empresa sobre o caso.

Fonte: Revista Gloss

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