19/12/2009

Totó de óculos!

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As doenças oculares podem ser congênitas, aparecerem com a velhice ou serem disparadas por um simples acidente. Porém levar o seu animal ao oftalmologista canino ajuda a manter tudo sob controle. Até os 2 anos, essa consulta deve acontecer ao menos uma vez. Assim você sabe se o filhote tem alguma predisposição a problemas como catarata e glaucoma e diminui os riscos de complicações futuras.

O oftalmo Luiz Felipe Moraes Barros, do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, tranquiliza: “Quando diagnosticadas logo no começo, as alterações oculares têm bons prognósticos. A ceratite tem cura e o glaucoma e a catarata são tratados com ótimos resultados”. Saiba mais sobre cada uma dessas encrencas que afetam a cachorrada.

LEVE A SÉRIO
• Alteração na coloração dos olhos
• Olhos vermelhos e irritados
• Secreção ou lacrimejamento
• Piscadelas frequentes ou o hábito de viver de pálpebras cerradas

CERATITE
O que é: caracterizada por uma inflamação na córnea, sua origem pode ser um trauma, o mau posicionamento dos cílios ou uma fragilidade ocular. Ao notar o comprometimento, leve o animal imediatamente ao oftalmologista.
Tratamento: antibióticos orais ou em forma de colírio, que devem ser administrados, no mínimo, quatro vezes ao dia até a cicatrização. Lembre- se de que o cão não pode coçar o local. Segure as patas dele a caminho do atendimento. “As bactérias das unhas agravam a lesão. Sem contar que, coçando, ele pode perfurar os olhos”, alerta Angélica Safatle, oftalmologista, do Hospital Veterinário, da Universidade de São Paulo.
Raças com maior risco: aquelas com os olhos grandes, como o lhasa, o shi-tsu e o buldogue. Como a região ocular é maior, a lágrima evapora rápido, diminuindo a proteção natural.

GLAUCOMA
O que é: nessa doença, que ainda não tem cura, a pressão intraocular fica elevada. Devagar, vai causando a morte das células do nervo óptico, levando à cegueira. A idade contribui para o aparecimento do problema, que acaba surgindo entre os 4 ou 5 anos dependendo do cachorro.
Tratamento:
se descoberta no início, a doença pode ser controlada com a aplicação intravenosa de um diurético que facilita a drenagem do líquido acumulado dentro do globo ocular, ajudando a aliviar a pressão. Além disso, colírios hipotensores deverão ser usados por toda a vida.
Raças com maior risco: cocker, sharpei, basset, basset hound, beagle, samoieda e husky, por uma questão genética.

CATARATA
O que é: outra doença silenciosa que, nos cachorros, chega tanto na juventude como na velhice (acima dos 9 anos). O cristalino, lente interna dos olhos, fica opaco e não deixa que a luz chegue à retina. Por isso, o animal não enxerga.
Tratamento: “A cirurgia é o melhor meio de correção, pois retira o cristalino opaco”, diz Barros.
Raças com maior risco: poodle, cocker, schnauzer, yorkshire e lhasa.

INVESTIGAÇÃO A TODA PROVA
O ideal é que, de tempos em tempos, um oftalmologista veterinário examine a estrutura ocular, a produção lacrimal, a medida da pressão intraocular e o fundo dos olhos, onde fica a retina. O primeiro exame deve ser realizado antes dos 2 anos porque assim o dono fica sabendo se o animal tem algum problema que poderá ser passado aos seus filhotes caso ele procrie. A partir dos 10 anos, a frequência dos exames deve ser anual mesmo que não haja sintomas de encrenca.

Fonte: Revista Saúde

18/12/2009

Entrevista com o doutor Pet

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Sua paixão por animais é tão grande que o zootecnista Alexandre Rossi ganhou um apelido especial: Dr. Pet. Para ele, nem é preciso se esforçar para melhorar a qualidade de vida dos bichinhos. Há 12 anos, criou a empresa Cão Cidadão, que oferece consultas sobre comportamento animal e adestramento. Além disso, Rossi espalha seu conhecimento em diversos cantos do Brasil, com cursos, palestras e workshops. A seguir, acompanhe um curioso bate-papo com o Dr. Pet.

Como e quando percebeu que trabalharia com adestramento de animais?
Dr. Pet
- Aos 6 anos de idade. Enquanto observava peixes no aquário, consegui ensiná-los a passar por argolas e a tocar pequenos sinos na hora de comer. A partir daí, comecei a treinar com coelhos, hamsters e com os bichos de estimação dos amigos. Anos depois, decidi cursar a faculdade de Zootecnia na Universidade de São Paulo (USP) e me especializei em comportamento animal.

Por que ter um animal de estimação?
Dr. Pet -
Ele traz tranquilidade e alegria à casa. A convivência em equilíbrio entre homens e animais resulta sempre em benefícios para as duas partes.

Qual a melhor alternativa: comprar ou adotar?
Dr. Pet -
Adotar é sempre uma boa ideia. Você pode salvar a vida de bichinhos que estavam soltos ou perdidos pelas ruas. A Cão Cidadão apoia projetos sociais que se empenham em ajudar animais carentes ou que contribuem para integrá- los à sociedade. Também indico a compra, neste caso, fica a critério do dono escolher a raça que combina mais com o seu estilo de vida - ou com o espaço disponível na sua casa.

Quais são os principais erros dos donos de pets?
Dr. Pet
- Falar "não" toda hora e dar broncas no momento errado. Dessa forma, o cão irá se acostumar a essa atitude e não respeitará mais o dono. Outro erro frequente é dar muita atenção ao animal quando ele está fazendo algo errado (muitas vezes, é só para chamar a atenção). Usar violência física como punição, porém, é um dos erros mais graves e levará o cão a desenvolver distúrbios comportamentais. Se você perceber que será necessário dar uma bronca ou alguma espécie de castigo, faça isso no momento em que o cão estiver aprontando. Depois do estrago, essa atitude perde todo o sentido.

Qual é a importância do adestramento?
Dr. Pet -
É importante integrar os comandos no convívio com o seu cão e exercitá-los ao longo do dia. Anote a dica: sempre que você fizer um carinho, peça para ele sentar, deitar e dar a pata, entre outros comandos. Se você reservar apenas 20 minutos do dia para praticar o adestramento, seu cão pode aprender a obedecer somente durante esse tempo. Daí, a importância de um processo contínuo.

Como evitar que o cão puxe roupas do varal ou até mesmo arranhe objetos e móveis?
Dr. Pet -
Essas atitudes são, geralmente, resultado da ansiedade que ele cria pelo retorno do dono. Para resolver, ou tentar amenizar esse problema, a dica é adotar uma postura diferente. Exemplo: quando sair de casa e ao retornar, não faça festa para o seu animal. Se ele latir quando você sair, não volte, senão ele entenderá que toda vez que fizer isso vai conseguir trazê-lo para perto. E quando chegar e encontrar a casa bagunçada, não dê bronca, neste caso,espere alguns minutos e, quando ele estiver calmo, tente mostrar o que ele fez de errado. Deixar o rádio ou a TV ligada também é uma boa alternativa para ajudar a conter a ansiedade dos cães. Outra dica é dar ao animal um objeto (roupa) com o seu cheiro, pois ele sentirá sua presença o dia todo e ficará menos ansioso.

O que fazer para evitar que o cãozinho pule nas pessoas?
Dr. Pet -
Os cães pulam nas pessoas para conseguir atenção - é a tática que usam. Nesse momento, dar broncas definitivamente não funciona, pois ele quer atenção e é isso que você está fazendo. O grande truque é não ligar para o animal. Se ele pular em você, simplesmente ignore. Só lhe dê atenção quando estiver com as quatro patas no chão. Aí sim, pode fazer carinho à vontade.

O que fazer para controlar o ciúme do cão em relação ao seu dono e também de outro animal que chegar à casa?
Dr. Pet -
É comum os cães sentirem ciúme. Muitas vezes, eles podem agir de maneira agressiva quando alguém se aproximar de você. A melhor atitude é mostrar que ele não é seu dono. É fundamental dar broncas quando ele manifestar esse tipo de comportamento. Mas se você optar por trazer outro bichinho para morar na sua casa, divida sua atenção com os dois. Não pare de fazer carinho em um deles quando o outro chegar. Saiba dividir, que tudo dará certo.

Como o cão percebe a hora que o dono chega em casa?
Dr. Pet -
O olfato e a audição canina são muito superiores a do ser humano. Acredite: da corrente de ar vinda do vão do elevador o cão pode sentir nosso cheiro, assim como é capaz de ouvir e reconhecer o motor do nosso carro na garagem. O cachorro também consegue associar pequenos acontecimentos do cotidiano para saber mais ou menos o momento do dia em que o proprietário chega. Por exemplo: ele pode relacionar o toque do sino de uma igreja à chegada do dono.

Fonte: Revista Vida Natural e Equilíbrio



15/12/2009

Cromoterapia para vencer!

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Os chineses devem estar certos em considerar o vermelho a cor da sorte. E agora a ciência assina embaixo — ao menos para esportistas. Uma pesquisa conduzida pelo Departamento de Psicologia do Esporte da Universidade de Münster, na Alemanha, observou que o uso de indumentárias dessa cor aumentava as chances de vencer numa luta marcial.

Os cientistas mostraram a 42 experientes árbitros dessa prática esportiva vídeos de combates em que um atleta vestia vermelho e o outro, azul. Depois, usando os mesmos vídeos, mas trocando a cor da vestimenta por meio de manipulação digital, os cientistas apresentaram novamente as imagens aos juízes. Resultado: eles deram 13% mais vitórias aos competidores de vermelho. “O experimento constata que existe realmente uma preferência do cérebro por essa cor”, diz Christina Joselevitch, pesquisadora do Laboratório de Psicofi siologia Sensorial do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Embora essa não seja a primeira vez que a coloração carmim influencie no esporte — anos atrás antropólogos da Universidade de Durham, no Reino Unido, avaliaram os jogos das Olimpíadas de Atenas e constataram que, quando os atletas tinham o mesmo preparo físico, o fato de o uniforme ser colorado ajudava a desempatar a competição. “O tom vermelho intimida. Da mesma forma que cobrir-se com ele pode melhorar a autoconfi ança”, afi rma Christina.

A predileção por essa cor teve início no nosso processo evolutivo. “Há 30, 40 milhões de anos, após um grande degelo, surgiram as primeiras frutas coradas, e, para distingui-las, os primatas sofreram uma mutação na retina. Antes só enxergavam o azul e o verde”, explica a pesquisadora. As mucosas do corpo também fi cam mais rubras quando excitadas. Por tudo isso faz sentido interpretar a tonalidade sanguínea como a da sobrevivência ou, em outro extremo, a do perigo — o rubor na face de alguém enraivecido que o diga —, além de estar associada à reprodução. Ah!, sim, o adjetivo picante do matiz tem tudo a ver com esse último tópico.

Vivemos em um mundo colorido. E, mesmo que a gente mal repare, as cores tingem nosso campo de visão e invadem o cérebro, infl uenciando-o para o bem ou para o mal, quer você queira, quer não. Mas, depois de saber que o matiz do fogo incendeia nossas emoções, a pergunta que se segue é: como as outras cores afetam nossa mente e bem-estar?

A curiosidade de muitos cientistas ainda não foi saciada. “Embora a pesquisa alemã tenha confi rmado que interpretamos as tonalidades de forma diferente, falta o embasamento para explicar por que uma parede amarelo ovo incomoda muito mais gente do que um tom de palha, por exemplo”, brinca Christina Joselevitch.

A neurocientista Claudia Feitosa Santana, que desenvolve seu pós-doutorado em visão humana das cores na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, tem, no entanto, uma boa justificativa para nos sentirmos bem em lugares claros: “Precisamos da luz do dia. E o que é essa luz? Fisicamente é uma somatória de todas as frequências de onda que formam o espectro solar e que resulta em branco”. Daí o conforto de ambientes cândidos. “Mas, detalhe, se o tom for asséptico, impessoal demais, a sensação poderá ser desagradável, justamente porque se distancia da luz natural”, diz.

Explorar essa ação cromática é uma missão para especialistas em marketing, semiótica, a ciência dos símbolos, ou arquitetura. Seja na hora de bolar um anúncio, sinalizar o perigo, decorar a casa, seja para tornar um hospital menos árido. Nesse último caso, a escolha de mensagens calmas como o azul e o verde-água tem a intenção de apaziguar o paciente. Já o rosa ou o escarlate podem levar à confusão em um diagnóstico. “Esse problema já aconteceu em uma ala pediátrica com paredes rosadas. É que o rosa, como o vermelho, provoca um efeito colateral que é o de esverdear o entorno, até a pele”, alerta Claudia.

O crédito das cores nunca está, é bom frisar, destacado do seu contexto. Isso interfere enormemente na percepção visual. “E é um dos maiores motivos pelos quais é muito difícil afi rmar que tal cor é melhor ou pior para determinada coisa”, esclarece Claudia. A pesquisadora se refere principalmente às experiências que podem alterar uma qualidade. Se você morava numa casa laranja e foi muito infeliz lá, pode ser que não queira usar esse tom na sua roupa.

“As cores são interpretações do nosso cérebro, que reúne informações das frequências de ondas recebidas e os dados guardados na nossa memória”, traduz Edson Amaro, responsável pelo Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista, e professor do Departamento de Radiologia da Universidade de São Paulo. Em resumo: cor é vital, mas não é tudo. Se fosse, o Brasil nunca seria pentacampeão do mundo vestindo azul e amarelo. A Rússia teria mais chances.

Fonte: Revista Saúde

10/12/2009

Beleza é fundamental?

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Desde sempre, mulher é sinônimo de beleza. E, se você é feia, deixou um pouco de ser mulher. Parece até que a natureza não tem nada a ver com isso. E que ter olhos azuis, enfim, é uma questão de escolha. “O mérito atribuído à beleza tornou-se um dever moral. O fracasso não se deve mais a uma impossibilidade mais ampla, mas a uma incapacidade individual”, escreve Joana de Vilhena Novaes em seu livro O Intolerável Peso da Feiura. “Na mulher qualquer desleixo com a aparência é visto como incompetência. A feia é menos mulher, é como se faltasse alguma coisa. Faz parte do feminino aprender a ser bonita, a se cuidar”, completa.

O chavão “toda mulher gosta de se sentir bonita” não é nenhuma mentira. E o questionável, aqui, não é o prazer de cuidar da aparência – e sim quanto isso se tornou uma obrigação e, entre outras coisas, a causa direta de inúmeras doenças ligadas à imagem. Afinal, o modelo de beleza é único. E, se todo mundo pode ser bonita, magra e jovem se assim o quiser, por que o número de anoréxicas, obesas e insatisfeitas com a própria imagem não para de crescer?

Antes de a indústria cinematográfica dar as cartas, ou seja, decretar o que é “uma linda mulher”, a literatura não definia exatamente tal coisa. Falava-se da elegância, da postura, das joias e das roupas, mas não ficava claro se os personagens eram loiros ou morenos, gordos ou magros. O máximo a que se chegava eram aos “pés e mãos pequenos”, das personagens de José de Alencar, e aos “olhos de ressaca” (que não se sabe exatamente o que significam), da Capitu de Machado de Assis. “A elegância feminina era sinônimo de beleza, então não havia essa obsessão por um padrão único. À medida que somos bombardeados por imagens, com o aparecimento das grandes divas do cinema, esses paradigmas vão se consolidando”, explica Mary Del Priore. Ou seja, quando se define o que é bonito, automaticamente tudo que é oposto passa a ser considerado feio.

Seja mulher, seja bonita!
Não ouvimos um “eu sou feia” ao entrevistar mulheres consideradas exóticas, ou fora dos padrões, como por exemplo a cantora e modelo Geanine Marques, musa do estilista Alexandre Herchcovitch. Difícil. Ao mesmo tempo, foi facílimo ouvir a sentença de dois homens feios, porém charmosos, inteligentes. O músico Wander Wildner, 50, autor do disco Eu Sou Feio. mas Sou Bonito!, acredita na beleza além da estética. “Sou feio segundo os padrões, mas me acho lindo!” Para ele, não existe mulher feia. “As pessoas se deixam levar por um conceito de beleza que é pura enganação”, garante. Em uma das canções do disco, o gaúcho faz uma ode ao direito de ser banguelo por fora e elegante por dentro: “Carrego dentro de mim a fina estampa, que os meus tortos dentes não mostram. (.) Não vou gastar meu dinheiro no dentista pra te agradar, não vou colocar dentadura postiça só pra te conquistar”.

Fonte: Revista T P M


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