O primeiro apartamento

Quer um cantinho só seu?
Então veja essas dicas de como alugar o primeiro apartamento.

Direitos e deveres

Mesmo antes de visitar o pedaço de chão candidato a lar, doce lar, uma dúvida vem à tona: como saber se o valor pedido pelo proprietário do endereço é justo?
Pesquisar imóveis semelhantes, na mesma região que interessou você, é o primeiro passo para desempatar a dúvida.
“Normalmente o valor do aluguel varia entre 0,5% e 1% do valor de venda”, diz o economista Fabio Gallo Garcia, professor da PUC-SP.
“Tente descobrir em quanto o imóvel está cotado e faça as contas.”
Para isso, vale consultar classificados e conversar com moradores do mesmo prédio.

Escolhida a futura residência, faça um contrato para determinar direitos e obrigações seus e do locador.
A estudante de cinema Raquel Rossato, 23, fechou um acordo verbal para ocupar um apartamento de um conhecido da família.
Meses depois da mudança, o proprietário quis aumentar o valor do aluguel alegando que os móveis da casa eram usados pela estudante.
Sim, imóveis mobiliados são mesmo mais caros.
Como não havia documento registrando a combinação prévia, Raquel acabou se mudando.

O advogado Michel Rosenthal Wagner, especialista em direito imobiliário, ensina a evitar armadilhas assim:
“Ao receber um imóvel, faça uma declaração do estado dele, com fotos dos cômodos, liste os bens que ficarão no local durante a locação e peça ao locador para assinar. É uma segurança para você e para ele”.

Dicas úteis

• Antes de tudo, cheque o valor do condomínio e IPTU.

• Olho no noticiário! Acompanhe o sobe e desce do mercado de aluguéis. Se houver redução geral de preços, você pode tentar negociar para pagar menos.

• Na hora de fechar o contrato, preste atenção na vigência – na maioria das vezes, ela é de 36 meses. Se não tem certeza de que ficará no lugar por todo esse tempo, inclua no contrato uma cláusula proibindo a multa de rescisão.

• Cuidado ao determinar o índice de reajuste do aluguel ano a ano. “O IGPM, por exemplo, opera segundo a cotação do dólar. Por isso, é menos seguro”, explica Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Fonte: Revista Gloss